Reflexões sobre O Som de Muitas Águas, da escritora DoCouto Um convite ao mergulho simbólico no fluxo da existência Ao folhear cada página de O Som de Muitas Águas sinto-me como quem se aproxima de um rio ancestral. Um rio que não carrega apenas água, mas memórias, sonhos e vertigens psíquicas. A autora, DoCouto , entrega-nos uma narrativa que é ao mesmo tempo convite e respiro. Sua escrita é prosa poética que ecoa as vozes invisíveis que vivem em nós. O Livro está disponível na Amazon e anuncia seu alcance entre leitores que buscam introspecção e renovação. Entre a filosofia e o símbolo do fluxo A leitura se torna rito. Cada fluxo narrativo remete à proposta filosófica do tempo como rio e do sentido como correnteza. O simbolismo da água atravessa metáforas que habitam o inconsciente. No silêncio das correntes, o leitor reconhece fragmentos de si mesmo. Há ecos de Heráclito e Lacan, ambos fascinados pela fluidez e pela linguagem. Aqui, a água é discurso que não se escreve a...
A Interpretação dos Sonhos : quando o inconsciente revela sua poesia noturna Por Ruy de Oliveira Adormecemos e, ao fechar os olhos, iniciamos uma travessia silenciosa. Os sonhos surgem como mapas cifrados, carregando em suas imagens a essência do que fomos, do que desejamos, do que tememos. Em " A Interpretação dos Sonhos ", Freud revela que os sonhos não são meras fantasias do sono, mas manifestações autênticas da alma inconsciente. São obras simbólicas, expressões de desejos recalcados que encontram no palco noturno um modo disfarçado de se dizerem. Este livro , publicado em 1900, não apenas inaugura a psicanálise como método terapêutico, mas também como uma visão revolucionária da mente humana. Nele, Freud constrói um sistema onde o sonho ocupa o lugar de estrada privilegiada que conduz ao inconsciente. Como afirma o autor, o sonho é uma realização disfarçada de um desejo reprimido. Cada imagem onírica, por mais absurda que pareça, esconde em seu núcleo um conteúdo ps...